segunda-feira, junho 25, 2007

 
SERENATA



Temos um novo membro na família cá em casa... Ou melhor, o meu filho tem uma segunda gata!
A Serenata é uma gatita com sete semanas e meia que escapou à morte pelo carinho e inteligência da Raquel que prometeu ao pai arranjar donos para a ninhada da sua gata de quintal.
Quando chegámos a Coimbra os gatinhos machos já tinham sido adoptados e a Serenata estava à espera...fêmeas não são facilmente adoptadas!
O nome Serenata assentou-lhe que nem uma luva.
"- Nasceu no dia 3 de Maio, dia da tradicional serenata coimbrã."- explicou-nos a Raquel.
É giríssima, meiga, esperta, brincalhona e muito bonita. Ainda tão inocente que nem se apercebe do risco que corre quando a nossa outra gata, a Baguera, se assenha, bufa e lhe rosna, mesmo ainda à distância. Fica com aquele focinhito curioso à espera...sei lá eu de quê! Nós ficamos mais ou menos em pânico e ela curiosíssima !
Têm sido uns dias complicados para tentar gerir a vivência dos dois animais dentro da mesma casa. A prática desencantou-nos acerca das histórias fantásticas da gata que adoptou os gatinhos orfãos e patati, patatá, histórias de fazer chorar as pedrinhas da calçada! Relatos de comportamentos exemplares entre animais, pelo menos do ponto de vista da raça humana.
Não funcionou assim, nem sequer com contornos semelhantes, o encontro da Baguera com a Serenata.
No fim-de-semana, depois de termos desistido de contar com o sentido maternal da Baguera - que não existe de todo! - começámos a aproximação "step by step" como indicam todos os artigos que conseguimos arranjar acerca de convívio entre dois gatos.
Continua a dúvida se vai ou não resultar. Persiste o pânico de nunca ser possível e deste ser aquele caso que conta para a percentagem do insucesso no entendimento entre dois bichanos.
Ou seja, em vez de uma serenata fomos arranjar "sarna para nos coçarmos"!
Vamos ver se com calma, paciência e a atenção do meu filhote João - que já acabou as aulas - conseguimos o "milagre" da Baguera não atacar irremediavelmente a pequenita e de vislumbrarmos uma convivência normal e pacífica para um destes anos que vêm!
Confesso que já não estou a lidar bem com as portas fechadas de um lado e abertas do outro lado da casa; com as atenções redobradas para não deixarmos a varanda aberta ou fechada; com os ruídos felidos de alerta da gata preta que, por muito que tentemos manter-nos calmos, fazem subir a adrenalina no sangue e nos enerva desencorajando-nos a pensar que um dia as duas conseguirão conviver pacificamente.
Coisas de gatos!


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